Ler o rótulo

Quando não sabe de antemão o que quer comprar e procura mais informações sobre os vinhos que tem à sua frente, deve começar por ler o rótulo que se encontra na garrafa, aconselha a consultora em enologia Madalena Vidigal. Enquanto uma espécie de bilhete de identidade do vinho, o rótulo e contrarrótulo oferece várias informações importantes sobre o produto que o consumidor deve ter conta, como as castas utilizadas, a região e o teor alcoólico.

Pensar na ocasião

Vai escolher um vinho para beber em casa ou para uma ocasião especial? Esta deve ser uma das questões que deve colocar a si próprio antes de comprar uma garrafa. Porquê? Porque, “se queremos um vinho para o dia a dia, então vamos pensar em vinhos com menos álcool, vinhos mais jovens e vinhos que estejam prontos a beber”, explica a consultora em enoturismo Madalena Vidigal.

Por outro lado, os “vinhos com reserva, que indicam que têm algum envelhecimento em madeira”, normalmente em “barricas de carvalho francês” ou “carvalho americano”, são ótimos para oferecer de presente a alguém ou para guardar na garrafeira até que chegue o momento certo para abrir a garrafa, aconselha Madalena Vidigal.

Saber harmonizar

Saber de antemão o prato com que vamos acompanhar o vinho também nos pode dar pistas sobre a melhor garrafa a escolher. “Refeições leves e à base de carnes brancas, marisco e peixe harmonizam com vinhos brancos, rosés e espumantes”, explica a enóloga Inês Carrão. Por outro lado, afirma, “refeições mais pesadas e à base de carnes vermelhas conjugam bem com vinhos tintos ou então brancos encorpados ou com madeira”.

Porém, para a enóloga, “a melhor harmonização possível é o vinho com a comida típica da própria região”. Por isso, se estiver a pensar cozinhar um prato tradicional de uma região como, por exemplo, o Alentejo, dê prioridade aos vinhos DOC Alentejo.

Ter atenção à estação do ano

Procura um vinho para beber durante um almoço de verão? Ou será que quer encontrar algo mais apropriado para um jantar, no inverno? Apesar de o vinho poder ser bebido o ano inteiro, a estação do ano pode ajudar a decidir que garrafa vai escolher. No verão, quando o calor aperta, “desejamos vinhos mais frescos e leves” e, no inverno, quando o frio nos gela, “desejamos vinhos mais intensos e estruturados”, explica a enóloga Inês Carrão.

Sair da zona de conforto

Quantas vezes nos limitamos aos sabores que já conhecemos com medo de nos aventurarmos e de correr mal? Quando entramos no mundo do vinho, temos de deixar cair os receios. Para Madalena Vidigal, consultora de enologia, provar vinhos de regiões, estilos e castas diferentes é uma das chaves para os consumidores descobrirem o que apreciam. “Sempre que forem ao supermercado, comprem uma garrafa diferente. Só assim vão começar a saber quais é que gostam, quais é que não gostam e quais é que mais tarde vão querer repetir”, aconselha.

Estabelecer um orçamento

O vinho não deixa de ser um investimento. Por isso, antes de escolher o que comprar, é preciso “definir quanto queremos gastar”, afirma Madalena Vidigal. “Às vezes, queremos comprar um vinho para o dia a dia e, portanto, temos um determinado orçamento. Quando vamos comprar uma garrafa que seja um presente ou para uma ocasião especial já nos preocupa impressionar e já temos um orçamento mais elevado”, exemplifica.